domingo, 13 de julho de 2008

A História da Terapia Cognitiva

A história da terapia congnitiva teve início quando Aaron Beck, psicanalista e psiquiatra da Universidade da Pensilvânia, que em 1956 iniciou empreendimentos de experimentação com objetivo de validar a teoria psicanalítica sobre a depressão. Na tentativa de localizar a configuração psicológica precisa da depressão e desenvolver uma psicoterapia breve que proporcionasse o alívio desta psicopatologia focal, foi desenvolvendo os princípios norteadores do modelo e da psicoterapia cognitiva.




A história da terapia congnitiva teve início quando Aaron Beck, psicanalista e psiquiatra da Universidade da Pensilvânia, que em 1956 iniciou empreendimentos de experimentação com objetivo de validar a teoria psicanalítica sobre a depressão. Na tentativa de localizar a configuração psicológica precisa da depressão e desenvolver uma psicoterapia breve que proporcionasse o alívio desta psicopatologia focal, foi desenvolvendo os princípios norteadores do modelo e da psicoterapia cognitiva.

Durante observações clínicas e estudos experimentais, Aaron Beck encontrou evidências de que os pacientes deprimidos apresentavam uma tendência a evitar comportamentos evocadores de rejeição ou desaprovação em favor de respostas que evocavam aceitação e aprovação, fato que vinha contradizer a teria psicanalítica de que os pacientes deprimidos têm necessidade de sofrer.
As descrições dos pacientes sobre si mesmos e de suas experiências evidenciavam pensamentos e visões negativas de si mesmos, de suas experiências de vida, do mundo e do seu futuro. Beck deu a esses pensamentos o nome de “pensamento automático”, visto que não precisam ser motivados pelas pessoas para vir à tona. Esses pensamentos são o resultado da forma do indivíduo interpretar as situações do dia-a-dia, ou seja, o que fica “gravado” como importante não é o que está acontecendo, mas a visão do indivíduo sobre aquele fato. Tais visões demonstram distorções cognitivas da realidade vivida.
A partir do aprofundamento da origem desses pensamentos automáticos, é possível chegar às crenças centrais do indivíduo, que são as idéias mais fixas e enraizadas, oriundas do processo de desenvolvimento, experiências e formação do individuo desde a infância, aceitas por eles como verdades absolutas.
As distorções cognitivas influenciam a resposta emocional, comportamental e fisiológica do indivíduo. Pessoas com transtornos psicológicos com freqüência interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas, ou seja, seus pensamentos automáticos são tendenciosos.
Surge, então, o raciocínio teórico subjacente da terapia cognitiva de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são amplamente determinados pelo modo como ele estrutura o mundo (cognições/pensamentos). A terapia cognitiva é uma abordagem estruturada, orientada para o presente, diretiva, ativa e breve, direcionada para resolver os problemas atuais e modificar os pensamentos e comportamentos disfuncionais.
Uma das técnicas iniciais da terapia cognitiva consiste em identificar, testar a realidade e corrigir as conceituações distorcidas e crenças disfuncionais, substituindo-as por outras crenças e idéias que possibilitem ao individuo experimentar novos comportamentos e emoções menos prejudiciais a ele mesmo e, como conseqüência, aos outros. As técnicas para corrigir as distorções utilizam a aplicação da lógica e de regras de evidência e experimentos reais para testar as crenças errôneas ou exageradamente negativas, buscando o ajustamento de informações a realidade.
Através da psicoterapia cognitiva o indivíduo aprende a dominar problemas e situações vistas como insuportáveis. As alterações do conteúdo das estruturas cognitivas alteram o estado afetivo e o padrão comportamental.
Desde o início da década de 60, Beck e outros colaboradores vem adaptando essa terapia, desenvolvida inicialmente para o tratamento da depressão, para um conjunto diverso de população e desordens psiquiátricas.


Referências:
BECK, Aaron e col. TERAPIA COGNITIVA DA DEPRESSÃO. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
BECK, Judith. TERAPIA COGNITIVA: TEORIA E PRÁTICA. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.


Autor(es): Psic. Beatriz Pianowski LuyPsicóloga clínica e hospitalar, especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar pela PUCPR. É responsável pelo Serviço de Psicologia do Hospital VITA/Curitiba - PR. Docente e supervisora local do Curso de Psicologia Hospitalar com Ênfase em UTI – Módulo E-mail: biapianowski@psicosaude.com.br / biapianowski@hotmail.com

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